Pages

sábado, 27 de março de 2010

Casal Nardoni sentenciado pela Justiça

A comoção pública marcou o julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, nesta madrugada. Em um clima de bastante apreensão pela espera da sentença, o juiz Maurício Fossen condenou o pai de Isabela Nardoni, morta há dois anos, a 31 anos, e Anna Carolina, madrasta, a 26, por homícidio triplamente qualificado e fraude processual.


O crime de maior repercussão no país terminou na madrugada deste sábado, às 00:40. Justiça foi feita, a pena aplicada e o povo voltará satisfeito para casa. O espetáculo teve fim.

Porém, será que entre esses 31 anos e mais alguns meses de pena, nenhum outro crime sucederá? Nenhuma outra barbaridade, talvez até pior do que a ocorrida, não voltará a assombrar o cenário brasileiro? Vemos todos os dias mortes que são BANALIZADAS por, simplesmente, serem CORRIQUEIRAS. A família dos Nardoni foi destruída. Porém, quantos outros lares também não o são diariamente?

O bombardeio de informações afeta a qualquer um. Todos sabíamos que o casal seria condenado, porém não a pena. As provas evidenciaram a brutalidade ocorrida naquele dia 29/30 de março de 2008. Como a Justiça poderia não agir de forma rígida contra aqueles que protagonizaram uma covardia sem tamanho? Todos sabíamos disso.

Se a revolta é tão grande com relação a este caso, por que não com tantos outros igualmente brutais?



A violência já incorporou, infelizmente, nossas vidas. Faz parte do nosso cotidiano sair para trabalhar ou estudar, e não sabermos se voltaremos, não por fatalidades, mas pelos mesmos fatos, por crueldades sem limite, e sem razão. Balas perdidas tornaram-se parte do folclore carioca. Assassinos a sangue frio rondam as ruas à procura de novas vítimas. Não há segurança em local algum, nunca houve. Mas por quê isso agora é tão banal?

A morte da menina Isabella pedia uma punição rigorosa, e a Justiça fez seu papel. A meu ver, 31 anos passam num estalar de dedos. Porém o inferno que aquelas pessoas viveram já complementam todos os possíveis anos que, porventura, fossem incluídos na pena.


Juntando a poeira, secando as lágrimas, resta-nos desejar paz à inocente menina, paz onde quer que ela esteja agora. Que Deus a ilumine e a guarde de todo mal. E que, embora eu seja descrente nisso, nenhum outro crime deste porte possa assolar nossas vidas. Que nossas crianças tenham paz para brincar, saúde para estudar e um futuro promissor pela frente. Assim, poderemos tentar construir um país de melhores condições para todos.

Fontes: O Globo e G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário